No Brasil a presença empresarial mais comum é a da empresa familiar. Nessa “espécie” de sociedade, os sócios fundadores administram o negócio e durante a vida vão incluindo seus herdeiros e sucessores na empresa, até que estes o substituam pela passagem da vida. Esse modelo é seguido independentemente da atividade exercida ou do porte da empresa, ou seja, a maioria dessas empresas sempre é administrada pelos próprios membros da família.
Os desafios na sucessão de empresas familiares
Nas empresas familiares quase sempre há presença de duas gerações, isto resulta em um conflito eminente de ideias e interesses, afinal são relações pessoais. Essa é uma característica comum às demais organizações, porém na empresa familiar o diferencial é o envolvimento dos laços afetivos, o que torna extremamente difícil a separação do lado emocional com o profissional.
Neste contexto, a sucessão familiar torna-se um desafio difícil de ser colocado em pauta, pois trata-se de como será garantida e conduzida a continuidade da empresa e sua perpetuidade ao logo das gerações.
Por isso, o tema sucessão nas empresas familiares é de suma importância, devido à possibilidade de que cada vez mais as empresas deixarem de existir por não se organizarem em relação à sucessão da gestão.
O desafio da sucessão está ligado diretamente ao planejamento de continuidade dos negócios angariados ao longo de uma vida.
Nesse cenário temos a figura da Holding, esse modelo societário é extremamente interessante, principalmente sob o aspecto fiscal e de organização societária. Por meio dele temos possibilidades de redução da carga tributária conforme cada caso e ainda benefícios imediatos como organização da sociedade, planejamento, controle, administração, ou seja, melhoria em diversos aspectos internos e externos.
A importância da holding no processo de sucessão nas empresas familiares
A criação da holding dentro de um modelo de planejamento societário visa solucionar problemas de sucessão dentro da empresa familiar, treinando e principalmente capacitando os sucessores para alcançar os cargos de direção bem como elaborando regras claras sobre a administração e continuidade do negócio.
A holding possibilita resolver questões relativas à herança, substituindo os testamentos, podendo indicar os sucessores da sociedade, sem atrito ou litígios judiciais, possibilitando ainda a criação de regras que são estabelecidas e acordadas entre os sócios e familiares para que se garanta o modelo de gestão, o negócio e regras da própria sucessão dentro da empresa familiar, como os regimes de casamentos, autorização do cônjuge em venda de imóveis, procurações, entre outros, fazendo prevalecer as disposições de última vontade daquele que se preocupou com a organização e sucessão de seu negócio.
Como é o processo de sucessão na empresa familiar?
Falar de sucessão de uma empresa familiar em vida é um assunto delicado, e para muita gente ainda é um tabu.
Mas quem se organiza ao longo da vida e com fruto do trabalho angaria um bom patrimônio precisa começar a pensar em como irá transmiti-lo a seus descendentes e garantir que ele não pare em si mesmo.
O melhor é não adiar a decisão, pois, em muitos casos realizar a partilha em vida sai mais barato para os herdeiros e evita conflitos familiares e processos de inventário e partilha que se arrasta ao longo de anos, além de dar a possibilidade daquele que construiu tamanho patrimônio de criar as regras que acha pertinente para a perpetuação do negócio ou a preservação do patrimônio que construiu.
O processo sucessório
Para isso o processo sucessório deve ser bem planejado e levar em considerações as particularidades de cada família e empresa. A presença do fundador ou patriarca/matriarca e a participação de todos os membros são de suma importância para dar seguimento ao processo.
Mesmo sabendo ser notório que abordar e planejar a sucessão de empresas familiares não sejam tarefas simples, é evidente a importância da sucessão na empresa familiar com o intuito de organizar a transição que é inevitável.
Por fim, a qualidade e o sucesso da sucessão estão no entendimento dos membros de que existem dois ambientes separados a serem considerados, quais são a empresa e a família, além da clara e transparente troca de informações entre os interessados.
Minha dica é: não deixe para depois a condução de um planejamento sucessório na transferência e continuidade da sua empresa. O trabalho de uma vida faz toda diferença, e é dando o primeiro passo que isso pode se concretizar. Organize-se. Pense nisso!
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