Sua empresa está preparada para emissão das demonstrações contábeis de acordo com as exigências do CPC 26?

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Quando o assunto são as Demonstrações Contábeis muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre quais empresas são obrigadas a divulgar, como e quais informações devem ser apresentadas.  

Quem está obrigado a apresentar as Demonstrações Contábeis? 

É um mito acreditar que apenas as companhias com capital negociado na Bolsa de Valores (B3) estão obrigadas a divulgar suas Demonstrações Contábeis. A Lei 11.638/07, que alterou a Lei 6.404/76, incluiu como obrigatória a divulgação das Demonstrações Contábeis a todas as empresas de grande porte. 

Considera-se uma empresa de grande porte todas aquelas que possuem um ativo total ou superior a R$ 240.000.000,00, ou receita bruta anual superior a R$300.000.000, mesmo não sendo uma empresa de Capital Aberto. 

Vale ressaltar que, empresas que apresentam as características acima estão obrigadas a submeter suas Demonstrações Contábeis à uma auditoria independente

O que é uma Demonstração Contábil? 

Demonstração contábil é uma apresentação estruturada do capital, posição financeira e desempenho de uma organização. O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações sobre o capital e a posição financeira, desempenho e fluxo de caixa de uma empresa o que ajuda ampla gama de usuários a avaliar e tomar decisões financeiros. A demonstração contábil também se destina a apresentar o desempenho da administração levando em conta os deveres e responsabilidades de gerenciar adequadamente os recursos atribuídos.  

Para satisfazer a esse objetivo, as demonstrações contábeis fornecem as seguintes informações: 

(a) ativos; 

(b) passivos; 

(c) patrimônio líquido; 

(d) receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas; 

(e) alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietários e distribuições a eles; e  

(f) fluxos de caixa. 

Essas informações, juntamente com outras informações constantes das notas explicativas, ajudam os usuários das demonstrações contábeis a prever os futuros fluxos de caixa da entidade e, em particular, a época e o grau de certeza de sua geração. 

Quais demonstrações devem ser apresentadas? 

De acordo com o item 10 do CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis, o conjunto completo de demonstrações contábeis inclui:   

  • Balanço patrimonial ao final do período (BP);  
  • Demonstração do resultado do exercício (DRE);  
  • Demonstração do resultado abrangente (DRA);  
  • Demonstração das mutações do patrimônio líquido do período (DMPL);  
  • Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados (DLPA); 
  • Demonstração dos fluxos de caixa do período (DFC);

Notas explicativas, estas compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas (NE);   

Demonstração do valor adicionado do período (DVA), que atualmente são obrigadas para as empresas de capital aberto, conforme estabelecido pela Lei 6.404/76. No entanto, pode ser apresentado de forma voluntária. 

E, caso seja desejo da empresa e seus responsáveis e administradores, é possível alterar os títulos acima apresentados, desde que não contrarie a legislação societária brasileira vigente. 

De modo a facilitar o entendimento, apresentamos uma síntese de cada demonstração: 

Balanço Patrimonial 

A finalidade do balanço é apresentar a posição financeira e patrimonial da empresa em uma determinada data, logo, apresentará fidedignamente uma posição estática. O art. 178 da lei 6.404/76 nos orienta que, “no balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia”.

Deste modo, o balanço é composto por três elementos básicos: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido.

Sendo, de acordo com definição do Manual de Contabilidade Societária, o ativo os recursos controlados por uma entidade e dos quais se esperam benefícios econômicos futuros. O passivo, as exigibilidades e obrigações.

E o patrimônio líquido a diferença entre o ativo e o passivo, ou seja, o valor líquido da empresa. 

Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 

É a apresentação, em forma resumida, das receitas e despesas decorrentes das operações realizadas pela empresa, durante o exercício social, visando demonstrar a composição do resultado líquido do período. 

Demonstração do Resultado Agregado (DRA)

De acordo com as normas internacionais, o DRA apresenta “uma alteração no patrimônio líquido de uma sociedade durante um período, decorrente de transações e outros eventos e circunstâncias não originados dos sócios.

Isso inclui todas as mudanças no patrimônio durante o período, exceto aquelas resultantes de investimentos dos sócios e distribuições aos sócios”.

De uma forma geral, o objetivo da DRA é apresentar o que é patrimônio da empresa separado do que é patrimônio de seus sócios.  

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido do Período (DMPL)

Segundo o art. art. 186 da Lei no 6.404/76, a finalidade da DMPL é justamente de demonstrar a movimentação da conta de lucros ou prejuízos acumulados, incluindo a evidenciação do resultado do período, as transferências e reversões para reservas, bem como as distribuições de lucros e parcelas destinadas ao aumento de capital. 

Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA)

Apenas registra as movimentações da conta de Lucros e Prejuízos Acumulados, informação que já é divulgado em uma coluna da DMPL, assim, não é necessário incluir uma DLPA de forma separada. 

Demonstração dos Fluxos de Caixa do Período (DFC)

Existe, atualmente, um pronunciamento técnico que trata exclusivamente da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), o CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa, tamanha sua complexidade em preparação.

Contudo, de forma resumida, o papel da DFC é auxiliar os usuários das demonstrações contábeis na análise da capacidade das empresas em gerar caixa e equivalentes, assim como suas necessidades para utilizar esses fluxos de caixa. 

Notas Explicativas (NE)

Segundo definição do CPC – 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis, as notas explicativas contêm informação adicional em relação à apresentada nas demonstrações contábeis.

As notas explicativas oferecem descrições narrativas ou segregações e aberturas de itens divulgados nessas demonstrações e informação acerca de itens que não se enquadram nos critérios de reconhecimento nas demonstrações contábeis. 

Demonstração do Valor Adicionado do Período (DVA)

Seu principal objetivo é informar o total da riqueza produzida pela empresa e a maneira que se deu sua distribuição.

Em algumas situações, a DVA pode ser confundida com a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), contudo, existem diferenças relevantes entre ambas, enquanto a DRE tem como objetivo apresentar aos sócios e acionistas o lucro líquido, a DVA busca apresentar a geração de riquezas e como se deu sua distribuição, tanto pelo fator de produção capital quanto pelo fator de produção trabalho.  

Além disso, de acordo com o item 38 do CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis, a entidade deve divulgar informação comparativa com respeito ao período anterior para todos os montantes apresentados nas demonstrações contábeis do período corrente, ou seja, é necessário um quadro trazendo os números do exercício encerrado em comparação com o último exercício. 

Também deve ser apresentada comparativamente a informação narrativa e descritiva que for apresentada quando for relevante para a compreensão do conjunto das demonstrações do período corrente.

Logo, a menos que seja o primeiro ano de divulgação das demonstrações contábeis, a empresa deve apresentar uma base comparativa.  

Suas demonstrações contábeis estão de acordo com a CPC 26?

Ter uma demonstração contábil apresentada de forma clara e correta é o primeiro passo para uma série de benefícios. Por isso, é essencial investir em quem pode te auxiliar em reduzir seus potenciais riscos. A Alianzo possui especialistas em Auditoria e Compliance. Fale com um dos nossos especialistas e faça a melhor escolha para seu negócio. 

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